31 de mai. de 2011

Adeus vitrine

Daí que hoje decidi que não usarei mais o twitter.

Não para sempre, eu acho. Mas pelo tempo que eu achar necessário. Acontece que eu vinha me cansando de ver aquele festival de carência na minha timeline. E não é nem mágoa, que não sigo nenhuma ex ou qualquer exu do passado. É que eu fui percebendo a quantidade monstro de gente que escrevia ali seus ~sentimentos~ como quem é um livro aberto a espera de ser lido mas oi. Os sentimentos que eles escolhem pra twittar são, claro, o que for conveniente mostrar. Nada de livro aberto ali. É vitrine.

E vitrine é isso: a gente só poe numa vitrine o que a gente quer que seja visto. E é por isso mesmo que é falso e desesperado. Por causa da seleção do que vai ser mostrado é falso. Por causa da necessidade de mostrar é desesperado. E como não tenho interesse nessas vitrines caí fora.

É claro que eu já usei o twitter pra chamar atenção, pra dar indireta (e quem não fez kkk), mas se fiz isso foi por curto período de tempo, e quer saber, faz tempo que não faço mais. Porque percebi que é ridículo. E quando eu aprendo que uma coisa é ridícula eu não tenho muito saco de ver alguém sendo ridículo na minha frente assim, sem eu poder falar nada. Entendo que essas pessoas tão queridas estão solitárias e sofridas, mas é intimidade alheia demais, não sei porque eu tenho que tá lendo aquilo. Como não sou indelicada pra sair dando unfollows e deixando só quem discute tecnologia, atualidades e coisinhas engraçadas apenas vou me afastar.


Adeus timeline melodramática.

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