4 de mai. de 2011

Gosto tanto de gente não

Pra quem ficou curioso: vi nada demais na cadeira nº1. Fora ser incrivelmente na frente e mo galere achar que é pior em acidentes (e é né), nada demais. Mas para a alegria de todos não morri em nenhum acidente.

Voltei para a cidade grande com aquela tristeza de quem tem que voltar aconviver com muita gente.

Porque sabe, gosto tanto de gente não. E se tem coisa que me deixa louca nessa cidade e ter gente demais. Gente demais no trânsito, gente demais na rua, gente fumando, gente esbarrando, gente demais no shopping, gente demais no banco, gente demais na fila do caixa eletrônico. E tudo um bando de figurante, porque é tanta gente que você nunca vai ver alguém novamente. Um bando de figurantes aleatórios.

Tenho necessidade dessa gente não.

E perco tanto tempo, sabe. Perco tempo no trânsito, perco tempo nas filas. Perco paciência, um bem mais caro. Por causa de quê? Dessa gente? Serve de nada pra mim esse monte de gente.

Descobri também que além de precisar sair dessa cidade preciso morar só. Coisa pra me fazer virar o Dexter espalhando plástico no chão e afiando facas é gente fazer barulho quando tô tentando dormir. Olha, instintos assassinos nível 80. Sabe, aquele barulho de vozes, de gente conversando ou rindo. Aqui em casa, gritam mesmo, é toda uma falta de cerimônia. A gata tá dormindo eu não posso mexer um suco. Eu tô dormindo galere GRITA. Muita deselegância, posso com isso não.

E nem odeio minha família. Distância mesmo só queria de um deles, porque né, esse nem facilita. Mas não dá de morar com eles não. Aliás, nem sei se conseguiria morar com quem quer que seja. Teria que ser um ser humano raríssimo, quase o além-do-homem nitzscheano, que tivesse uma atitude que nossa, tô nesse mundo a 25 anos e até hoje não vi: respeito por meu espaço.

E meu espaço inclui o AR. Porque horror de quem me faz de fumante passiva por livre e expontânea FALTA DE NOÇÃO, ou quem grita ou ouve música alta desrespeitando o fato de que, sim, o ar, onde as adoráveis ondas sonoras se propagam livremente (isso porque ainda não posso mandar nelas) também é um espaço comum e portanto não deve servir aos interesses de um só.

Por fim concluo que sou chata demais para conviver com seres humanos e portanto estaria indo morar no alto de uma montanha falando com animais tal qual Zaratustra se lá pegasse internet.


(Mentira, eu até suporto umas 3 ou 4 pessoas em condições moderadas. Condições moderadas.)

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