19 de nov. de 2011

Não é como se fosse com gente

Chorei horrores a caminho de um rodízio de pizzas e alguém me consolou? Alguém pediu desculpas? Não, né. Afinal existe aquela lenda de que eu não tenho sentimentos, então apenas gritaram comigo e me mandaram parar com drama. Sair do carro em movimento tornou-se uma forte opção, mas uma moto estragou tudo quase arrancando a porta do carro.

E então eu me dei conta, sabe. Eles não me vêem como um ser humano. Acham que podem ser grosseiros e me machucarem, que não importa, não é como se fosse com gente. E eu estava tão destruída com tanta truculência que senti um alívio sem precedentes quando o garçom, com uma voz afeminada, perguntou o que eu queria beber. Viado sempre me acalma.

Desisti. Vou existir, sim. Mas sozinha, que é como as coisas realmente são.

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