23 de jun. de 2012

Um dia frio, um bom lugar pra ser humilhada pela vida.

E vejam só. Esqueci isso aqui de novo.

Culpa de maio. Aliás, não só isso aqui, faz séculos que não escrevo no meu diário, sendo que todos os anos escrevo todos os dias. Enfim, pra uma coisa ter quebrado um metodismo de anos e anos é porque a merda foi grande.

Basicamente uma união de dores e abusos. Dores nas costas. Abuso do trabalho. Desconfio que abusei do trabalho por causa da dor nas costas, mas talvez trabalhar pra uma pessoa emocionalmente instável e que me coloca pra calcular coisas enquanto estou tentando me concentrar em um serviço que essa mesma pessoa acabou de me passar possa ter qualquer participação.

Só sei que precisava de férias. E depois de muito implorar, chorar, sofrer, querer me matar ou simplesmente cair morta pra dar menos trabalho, consegui o caralho das férias.

Elas estão quase no fim, minhas costas, apesar das fisioterapias, continuam doendo e tá rolando todo um clima de desespero e desolação novamente. Fora isso, férias ótimas: fiz nada, sai pra canto nenhum, fiquei só em casa artistando (não tanto quanto gostaria), comendo e dormindo. Ou seja, adoro.

Mas daí, a vida começou a merdar de novo.

Eis que ontem tive um dos dias mais horrorosos da minha vida. E olhe que minha vida já teve muitos, mas MUITOS dias horrorosos. O que me fez pensar que preciso descobrir que diabos fiz com a vida, porque suspeito que ela anda mei CHATIADA comigo.

Apenas imagine que eu tinha uma entrevista do outro lado da cidade às 10h. As 9h estava eu em frente ao condomínio para pegar a topic (tipos van). Estava chovendo um pouco quando sai, mas a chuva achou que seria elegante aumentar, ventar e me molhar toda do joelho pra baixo, braço, costas, etc. Voltei pra casa e remarquei para 14h.

13h tô lá de novo, pouca chuva, jurando que ia rolar. Eu teria de descer em um shopping, pegar outra topic e achar o tal lugar da entrevista. A chuva grossa voltou e o trajeto até a empresa teve direito a calçadas encharcadas, eu tendo de andar na pista, ter de pisar na calçada encharcada em virtude de moto quase me atropelar e pra ficar mais lindo, passar um carro e me banhar toda.

Faço a entrevista nem sei como, porque já tava toda molhada. Na volta (preciso dizer que foi um cu e jamais serei chamada? não né, obrigada) mais dois carros brincaram de me banhar, sendo que na terceira vez foi uma coisa assim literalmente da cabeça aos pés. Senti o gosto da lama na minha vida. Fiquei de um jeito que não fazia mais sentido abrir o guarda-chuva. Evitei chorar para não ficar ainda mais molhada. Eu tava numa vibe "ah uma biqueira, claro, tava faltando eu ser molhada por isso também", e por aí vai.

Na parada, congelando de frio, 100% molhada, eu sequer suspeitava que isso tudo tinha sido bobagem perto do que estava por vir. Uma topic lotada. Como, claro, também estava havendo greve de ônibus, passei mais de 2h em pé e sufocada (e com cólicas, cólicas acharam interessante se manifestar nesse momento), sendo esmagada por uma mulher-javali que me espremia a ponto de eu ficar ainda mais magra. Nós estávamos lutando pelo lugar de uma velha e até o momento ela estava ganhando, mas não raciocinou que teria de tirar o bração da frente para deixar a velha passar. Foi o momento em que aproveitei e, tal qual um ciborgue de metal líquido, me escorri para a cadeira e lá fiquei. Para mais 1h com a barriga da mulher-javali me comprimindo contra a janela depois chegar em casa. Quando passei pelo shopping, molhada, cabelos duros, com a lama na minha vida, enquanto as pessoas me olhavam assustadas, eu pensei:

- Eu ainda vou vencer na vida. Vocês vão ver.

Risos.

21 de abr. de 2012

Então é assim que as pessoas normais se sentem?

Esqueci isso aqui de novo.

Até porque, do jeito que as coisas estavam, não tinha nem condições. Passei esse tempo todo me perdendo nas fugas criativas, chegando atrasada, perdendo compromissos, perdendo a vida. Nesse meio tempo minha psiquiatra me dispensou (nível de forveralonismo: tomar fora da psiquiatra) por eu ser muito inteligente, muito lógica, usar apenas o consciente e ser impossível pra ela me ajudar (palavras dela e não, também não entendi). Eu não sei como uma pessoa tão consciente como ela diz se dispersa tanto na vida, mas ok. Ao menos consegui a receitinha azul pra continuar tratando a TPM, que hoje em dia está linda.

Mas como a porra tava séria eu tive de recorrer a ajuda novamente. Além de estar sempre chegando atrasada no trabalho eu ainda cometia erros diários de desatenção. Além claro de me dar mal no curso de inglês e na pós. Quando eu me vi ilustrando excursão de ônibus com avião e quase perdendo uma cadeira por falta na pós, eu pedi help a família. Uma tia indicou um psiquiatra. Lá fui eu.

Contei minha triste história de desvios e fugas da realidade e veio o diagnóstico (que já tinha mó galera desconfiando): transtorno de déficit de atenção (podendo até ter hiperatividade). Pela primeira vez um médico me entendeu sabe? Eu só introduzi meu drama e ele foi ADIVINHANDO o restante. E sobre tudo, até meu comportamento inadequado em relacionamentos desamorosos (impulsividade) era parte dessa putaria toda. Saí de lá com uma receita de ritalina.

Não vou mentir que quando tomei hoje e fui fazer meus trabalhos aqui não funfou tanto. Só lá pelas tantas consegui me focar na vida e enviar o que precisava. Daí fui tomar um banho. E gente.

GENTE.

Todas as vezes, entenda bem, TODAS AS VEZES, em que eu ia tomar banho eu passava séculos no 9gag, depois ia mexer nos meus cravos, depois ficava séculos debaixo do chuveiro... fazendo nada. Só perdida em histórias e mais diálogos e tudo mais. Só depois de muito lutar eu conseguia começar a tomar banho. Isso tudo me tomava entre 1h e 1h30, podendo chegar a 2h facilmente.

Dessa vez eu entrei, tomei banho e saí. Não senti nenhuma necessidade de me desviar para nada. E sabe, quando eu percebi que eu tava tirando o shampoo e colocando o condicionador, ali, de boa, como uma pessoa normal, gente, GENTE, foi muita emoção. Choreeeey :~~~~~~

Pela primeira vez me senti normal, sabe? E eu percebi o quanto isso tudo tinha mexido com minha auto estima, ao ponto de eu me sentir retardada, incapaz, inadequada. Não me senti profundamente focada, concentrada, blablabla, como as coisas que leio sobre o efeito da ritalina, eu só me senti normal, como as pessoas que eu invejava por não ficarem feito retardadas se perdendo em pensamentos inúteis por aí.


E depois de tanto fudição eu bem merecia essa esperança.

5 de mar. de 2012

juizo kd

Daí que desmoronou tudo.

Com firmeza assim. Foi tudo pro chão. Sorte que já tinha ido a médica e já tinha receitinha azul na mão. O pior é que veio tudo junto. A vibe erradíssima + tendinite nas costas pesadíssima + rinite. Mas né, tô viva. Cheguei a conclusão de que isso tudo é um quarto desarrumado. Muito desarrumado. E eu não ia dar conta de colocar tudo no lugar em um dia.

Como sou metódica do tipo doentinha, eu fui por partes. A primeira coisa que eu precisava arrumar urgente eram meus horários, que é o que a fuga criativa mais bagunça. Pra quem caiu de paraquedas aqui, fuga criativa é como eu chamo esse meu disturbio imaginativo de ficar criando histórias ou imaginando ocasiões. Nas horas erradas. Me fazendo perder muita coisa. Eu nunca ponho nada no papel, serve pra nada. Mentira até serve, resolvo montes de coisas só imaginando elas, mas né, tem aqui fora, não posso ficar só nesse 'canal'. Outras fugas são internet e jogos. Como a fuga criativa é algo sobre o qual não tenho poder - quando vejo já perdi mais de uma hora, às vezes duas nisso - vou cortar o que posso. Diminuindo o quanto posso o tempo na intenet e jogos. Durante a semana claro. E no final de semana se eu tiver freelas pra terminar.

Nos primeiros dias deu certo, mas depois veio o 'efeito rebote': logo depois de alguns dias controlados passo mais de 2h em fuga criativa antes de ir dormir. Deu aquele ódio profundo, mas né, era a primeira tentativa. Continuei tentando e tem dado mais ou menos certo até agora.

Eu sinceramente acho que essas fugas são a maior prova de que eu sou crazy, no sentido doentinho mesmo. Mas segundo minha médica é só hábito e que eu posso mudar sim. Depois de eu ficar repetindo que oi se fosse hábito não tava mais aqui, ela disse:

- Não, você tem juízo. Só trato gente com juízo. Se você não tivesse juízo eu teria te passado pra um colega.

kkkkkkkkkkkkkkkkkk amei a franqueza?

Pois taí, deixo registrado que já foi iniciada a busca pelo meu juízo.

23 de fev. de 2012

WoW que carnaval daora

Tava todo mundo combinando viajar no carnaval, mas eu agradeço muito ninguém ter corrido atrás de nada porque eu super não tava afim de gastar dinheiro. Na verdade eu não tava muito afim de nada. Passei o carnaval com rinite e sem muita disposição pra sair. Resultado não saí NENHUM dia. Meu amigo provavelmente muito puto comigo. Mas ai, me deixa mazelada aqui que eu fico melhor. Sábado resolvi fazer algo diferente e... pedi comida chinesa. HAHAHA

E fiquei lá, jogando World of Warcraft e nada mais.

Sinceramente? Um dos melhores carnavais.

15 de fev. de 2012

Parou tá?

Acho incrível como me aparece gente sem muita noção em nada. Esses dias foram incríveis sabe, uma coisa mais inacreditável que a outra.

Primeiro uma amiga me bloqueia do nada. Depois de conseguir que ela me falasse porque deabos, a explicação: ela nunca superou eu não ter acobertado ela numa escrotisse que ela vez contra opa, outra amiga minha. Lembro que na época eu pedi desculpinhas, e a história morreu. Agora, provavelmente vendo pelo Facebook que nãaaaao eu não cortei laços com a fulana que ela odeia, ela foi e me bloqueou e me deu unfollow na vida.

Bitch, plz. Dessa vez eu disse que pra mim não tinha feito nada de errado e que ela odiar quem quer que fosse era problema dela, não meu. E deu-se início milhões de mensagens quilométricas. Quando cansou das mensagens partiu pro e-mail, mas sabe, ando sem paciência pra dar corda em doido. Apenas disse que não ia "lutar a guerra" (termo que ela usou, socorro) dela porra nenhuma e que ela parasse de me oprimir com essa merda.  Ela mandou uma sadface e ok, ignorei e fui ~viver~.

Uma semana depois, uma amiga dela que eu só conhecia de vista, tinha adicionado e ela tinha aceitado, mas com quem NUNCA interagi na vida me bloqueia também. Muita concidencia se as duas coisas não estão relacionadas né? Mandei um sms dizendo que oi, sem necessidade. Ao que a infeliz responde prontamente com "isso o q", daí eu senti a vibe sabe, ela queria eu lá tirando satisfação. Ignorei novamente e agora ignorarei ao infinito e além. Que cansei. Foda saber que tem alguém que já soube da tua intimidade colocando pessoas contra você, mas ok. Posso viver com isso.

Ainda tô meio tonta dessa história quando vejo uma inbox de uma prima, que já foi quase uma irmã, mas de quem me afastei faz um tempo. Hahahaha, gente.  A pessoa tinha ficado meses sem nenhum contato, contando que os últimos contatos era só pra falar da vida dela, sem uma mínima preocupação comigo né, que oi, não sou nenhum suporte técnico. Sabe a pessoa querer te ligar e você dizer "rola agora não, não tô bem" e a pessoa insiste em contar sei lá que merda da vida dela sem demonstrar nem superficialmente um interesse sobre como estou? Passo.

Mas daí que a inbox, além de não conter um "oi tudo bom quanto tempo" báasico, ainda é para o que? Pedir favor, claro né gente? Pedindo que eu configure o Facebook dela (???). E não é nem "você poderia" nem "quando você tiver um tempinho", é "queria que", "faz isso pra mim!". Porque além de suporte técnico eu também sou uma desocupada né.

Não sei como proceder e estou apenash ignorando.

Mas tudo isso me fez pensar, sabe. Eu tô fazendo alguma coisa MUITO errada. Eu devo ter sido gentil demais com essa gente, pra acharem que podem ter o que querem assim, sem nem mais. Mas agora parou, sabe? Cabou esse abuso todo.

6 de fev. de 2012

Tropeços

A vibe errada prossegue. Talvez eu estar lendo "Fundamentação da Metafísica dos Costumes" - com Kant falando do imperativo categorico enquanto eu acho tudo muito lindo, toda uma identificação, e toda uma frustração ao ter de lidar com uma realidade torta sem imperativos e muito menos categóricos - tenha contribuido um tanto.

Mas foi bom por um momento ler alguém dizer porque eu não minto. Por um momento não me senti um alien desapercebido. Mas né, só fechar o livro e estar de volta no mundo real onde mentir é ok e eu é que sou uma louca exagerada.

Fugas criativas andam essa coisa muito independente, autônoma e completamente indiferente a minha vontade. Os temas dos delírios é que não andam muito criativos, nada de muitas variações. E não, eu não vou revelar os temas, pensei por um momento, mas acabei tropeçando em um restinho de dignidade que tem se arrastado por aí.

Em meio a todas essas inadequações recebo uma interessantíssima ligação da atendente da minha psiquiatra adiando a consulta em uma semana.

RISOS.

Vou entender isso como um sinal.


PS.: Em virtude do tédio, me peguei adicionando ~pessoas~ desconhecidas no Facebook. O mais tenso é que estão aceitando. Mas não se preocupem, a minha coragem pára em adicionar, não passa disso, juro.

20 de jan. de 2012

Vibe errada

Uma suuuuuper vibe errada esses dias. Misantropia voltando com força total. Aquela aversão gostosa a todos. Que delícia né gente? Namoradas imaginárias nunca mais voltaram, notei isso. Tipo, nem as imaginárias eu tô achando mais possível, elas que eram super adaptadas a situação, imagina as potenciais namoradas reais. Não, né.

Constrangimento, vergonha e frustração dando lugar a misantropia, isolamento e distância. Sorry, lá vamos nós outra vez.


Só uma coisa.

Vi gente se espantando em ver foto minha sorrindo por aí. Gente, coisa que mais tem é foto minha sorrindo. Primeiro, que tenho de sorrir ou saio horrorosa. Segundo, que só saio com amigos quando eu tô de bom humor. Quando eu tô nas vibes erradas eu fico em casa, que aliás, é o que todo mundo deveria fazer.

2 de jan. de 2012

2011-2012 - Quanta revelação

E como eu sou metódica e simplesmente pre-ci-so fazer as coisas, vamos ao post 2011-2012.

E 2011 hein? Que ano mais revelador. Por partes, claro.

Profissionalmente: Comecei o ano arrumando um emprego já em fevereiro. Emprego mesmo, carteira assinada e tudo mais. Claro que o salário não é lá essas coisas, mas são só 6h, ou seja, pude fazer pilates e até uma musculação no final do ano pra cuidar do ombro. Ombro aliás, que passou o ano estável e me assustou no final, mas acho que já está estabilizando outra vez. E né sem ombro não dá de trabalhar.

Amorosamente: Não me entreguei. Tive um fica sério, um relacionamento sério, porém curto, um fica rápido e um fica nonsense no final. Mas não me entreguei pra ninguém, não quis ninguém pra mim. Acho que ainda tô quebrada das decepções de 2010, meio que não confio mais. O ano bem que poderia ter acabado sem o fica de fim nonsense, pra né, resguardar um pouco de dignidade, mas meh, nesse setor nada mais me assusta, nada mais me abala por muitos minutos.

Família: Em março meu pai perdeu o emprego e eu tive se ajudar em casa. E minha família se escorou tanto em mim que chegou um ponto onde eu tava pagando quase tudo. Sim, eu, com um salário mixo, solteira, 26 anos sustentando 4 pessoas. Não, né? Fiz a louca e mandei todo mundo se virar. Ainda estão se escorando um tanto em mim, mas né, não vai rolar. Convivência aquela coisa uó ainda. O que mais me incomodou esse ano foi o quanto a fraqueza e a dependência deles destoa do que eu quero pra minha vida.

Amizades: Fiquei amiga do meu fica rápido e encontrei pela primeira vez alguém que me vê como sou e mesmo assim não se assusta e sai correndo. Sim, ela me aceita, não tô afim de abrir mão disso. De resto tive um ataque misantropo no segundo semestre e me afastei de todos. Na verdade, eu só filtrei. E acabei andando mais com quem estava na minha vibe: nada de boates e bebedeiras, só cinema, restaurantes e barzinhos. No resumo foi mais um ano bom com os amigos.

Resumindo mais, foi um ano em que aprendi muito sobre mim mesma. Muito mesmo. Principalmente no segundo semestre. Aprendi que sou diferente, muito diferente, e que pouca gente vai me aceitar como sou, que me adequarei a poucas situações, mas que antes de mais nada eu preciso me aceitar, eu preciso entender que essa é a realidade, que é nela que tenho de viver. E que minhas ligações serão sempre poucas e raras. Aprendi também o que me atrai nas pessoas. Aprendi que pessoas simples não me atraem, que eu terei mesmo de chafurdar em gente doentinha e complicada. Aprendi que o principal é conviver apenas com pessoas que me permitam ser eu mesma. Fui muito oprimida nesse último fica nonsense do ano, e gente, ficou a lição, nada de deixar que me censurem. Estar com pessoas que me permitam ser aquilo que sou é algo que não tem preço. É inestimável.

Agora, vamos às metas pra esse ano:


Profissionalmente: Durante a festa de Ano Novo, na casa de um amigo (ótima, por sinal), eu já passada no chandon, disse a alguém que também iria fazer pós-graduação em Design Gráfico. E quando acordei, de ressaca, continuou fazendo sentido. Estou formada a 3 anos e não tenho nenhuma pós. E pensava em fazer pós em Marketing, que nem é minha área, mais pelas chances de emprego. Mas meh, a Fabianny bêbada tem toda razão: Design Gráfico é o que curto fazer e já tá bom de investir em mim. Vai ficar puxado, porque não é barato. Minha mãe chiou, porque quer que eu continue bancando a maior parte das contas, mas nah, mandei se virarem. Ah, e queria tentar um aumento também. Queria não, vou ter de conseguir um aumento.

Amorosamente: Ai nem sei hein? Não me vejo mais confiando em alguém a ponto de me entregar. Só se fosse alguém tão segura e transparente que fosse capaz de me deixar segura a respeito de onde eu tô pisando. Do contrário só prevejo neuroses, eu cagar com tudo e sair ou ser quicada. Alguém normal nem peço, que sei que não curto. No mais, aparecendo alguém eu vou tentar aproveitar a companhia, o carinho. E nada mais.

Família: Queria mesmo era sair de casa. Queria que cada um conseguisse uma renda e se tornassem independentes de mim, pra eu conseguir sair, crescer, cuidar de mim, e quando for visitá-los eles serem apenas minha família e não as pessoas com quem tenho de brigar diariamente por bobagens sem sentido. Na verdade, se meu pai saísse de casa eu já ficaria bem feliz. Já melhoraria muito a minha vida.

Amizades: Que meus amigos continuem me suportando, que eu continue suportando eles, que continuemos saindo e rindo, e criando piadas internas e novos memes, e rindo e rindo que é nisso que os amigos são melhores: em rir comigo. E em reclamar comigo também. Adoro reclamar.

Deu né? Espero que quando eu vá reler isso no final desse ano eu tenha realizado boa parte. Porque super descobri muita coisa que tô com muita vontade de por em prática.

A meta é alcançar e no caminho não ligar muito.

1 de jan. de 2012

Olha, nem sei?

Primeiro: não, eu não estou mais saindo com alguém e a explicação que eu tenho pra isso é fui oprimida, não tive feedback, tava de TPM, acho que a pessoa simplesmente não tava afim ou qualquer uma dessas coisas aleatórias, porque sim, a vida é aleatória.

Segundo: não, não fiz o post de final de ano porque passei os últimas dias do ano saindo, tomando umas de leve e não sobrou muito tempo. Ou vontade. Tava fazendo coisa melhor.

Mas esse post, o primeiro post do ano ooohhhh, é para registrar um assunto que tem sido tema de conversas minhas com amigos nos últimos tempos: o quanto eu não consigo mais acreditar em relacionamento; o quando eu não consigo mais me imaginar me entregando a alguém e mesmo quando faço isso é sem crer em muita coisa. Ou crendo em nada. Porque só isso explica eu achar que estava envolvida, acabar o casinho e ficar de boa na lagoa, suave na nave. Ficou no máximo um arrependimento ou constrangimento em relação a TPM tensa que eu tive, mas enfim. Se eu for arrastar correntes por todas as vezes que me constrangi, opa, vai a vida toda nisso. Então, não.

E eu não sei nem mais dizer porque não acredito. Não sei se é porque as pessoas são desonestas e nunca deixam claro comigo que DEABOS elas querem ali e isso me irrita e eu acabo perdendo a paciência e cagando tudo de um jeito meio irreversível; ou se eu é que sou paranoica, não sei confiar e as pessoas super não deveriam ter essa obrigação de serem tão transparentes. Problema é que eu sou, não acho nada difícil, deixo as pessoas se achando pelo tanto que deixo claro que tô ali porque quero e talz e não entendo porque seria tão DOLOROSO alguém fazer isso também.

Enfim, já tá rolando um tédio quando o assunto é relacionamentos. Faz um ano que não sei o que é me entregar ou querer alguém pra mim. Ou as duas coisas, ou qualquer uma dessas coisas. Não tá rolando. Não tá ornando. Sei lá, quebrei.

19 de dez. de 2011

Calar que é bom...

Gente que, para não se sentir culpada, dá mais do que quer dar e acaba fazendo eu me sentir culpada por fazer alguém dar mais do que quer.

Que delícia, ham?

Mas a pergunta que não quer calar na minha vida é: porque DEABOS eu simplesmente não engulo meu choro e fico caladinha na minha? Pra que isso de falar? Qual a função??? Transformar tudo em um vale de lágrimas? Espantar as pessoas? Porque se for tá funcionando formidavelmente.