2 de jan. de 2012

2011-2012 - Quanta revelação

E como eu sou metódica e simplesmente pre-ci-so fazer as coisas, vamos ao post 2011-2012.

E 2011 hein? Que ano mais revelador. Por partes, claro.

Profissionalmente: Comecei o ano arrumando um emprego já em fevereiro. Emprego mesmo, carteira assinada e tudo mais. Claro que o salário não é lá essas coisas, mas são só 6h, ou seja, pude fazer pilates e até uma musculação no final do ano pra cuidar do ombro. Ombro aliás, que passou o ano estável e me assustou no final, mas acho que já está estabilizando outra vez. E né sem ombro não dá de trabalhar.

Amorosamente: Não me entreguei. Tive um fica sério, um relacionamento sério, porém curto, um fica rápido e um fica nonsense no final. Mas não me entreguei pra ninguém, não quis ninguém pra mim. Acho que ainda tô quebrada das decepções de 2010, meio que não confio mais. O ano bem que poderia ter acabado sem o fica de fim nonsense, pra né, resguardar um pouco de dignidade, mas meh, nesse setor nada mais me assusta, nada mais me abala por muitos minutos.

Família: Em março meu pai perdeu o emprego e eu tive se ajudar em casa. E minha família se escorou tanto em mim que chegou um ponto onde eu tava pagando quase tudo. Sim, eu, com um salário mixo, solteira, 26 anos sustentando 4 pessoas. Não, né? Fiz a louca e mandei todo mundo se virar. Ainda estão se escorando um tanto em mim, mas né, não vai rolar. Convivência aquela coisa uó ainda. O que mais me incomodou esse ano foi o quanto a fraqueza e a dependência deles destoa do que eu quero pra minha vida.

Amizades: Fiquei amiga do meu fica rápido e encontrei pela primeira vez alguém que me vê como sou e mesmo assim não se assusta e sai correndo. Sim, ela me aceita, não tô afim de abrir mão disso. De resto tive um ataque misantropo no segundo semestre e me afastei de todos. Na verdade, eu só filtrei. E acabei andando mais com quem estava na minha vibe: nada de boates e bebedeiras, só cinema, restaurantes e barzinhos. No resumo foi mais um ano bom com os amigos.

Resumindo mais, foi um ano em que aprendi muito sobre mim mesma. Muito mesmo. Principalmente no segundo semestre. Aprendi que sou diferente, muito diferente, e que pouca gente vai me aceitar como sou, que me adequarei a poucas situações, mas que antes de mais nada eu preciso me aceitar, eu preciso entender que essa é a realidade, que é nela que tenho de viver. E que minhas ligações serão sempre poucas e raras. Aprendi também o que me atrai nas pessoas. Aprendi que pessoas simples não me atraem, que eu terei mesmo de chafurdar em gente doentinha e complicada. Aprendi que o principal é conviver apenas com pessoas que me permitam ser eu mesma. Fui muito oprimida nesse último fica nonsense do ano, e gente, ficou a lição, nada de deixar que me censurem. Estar com pessoas que me permitam ser aquilo que sou é algo que não tem preço. É inestimável.

Agora, vamos às metas pra esse ano:


Profissionalmente: Durante a festa de Ano Novo, na casa de um amigo (ótima, por sinal), eu já passada no chandon, disse a alguém que também iria fazer pós-graduação em Design Gráfico. E quando acordei, de ressaca, continuou fazendo sentido. Estou formada a 3 anos e não tenho nenhuma pós. E pensava em fazer pós em Marketing, que nem é minha área, mais pelas chances de emprego. Mas meh, a Fabianny bêbada tem toda razão: Design Gráfico é o que curto fazer e já tá bom de investir em mim. Vai ficar puxado, porque não é barato. Minha mãe chiou, porque quer que eu continue bancando a maior parte das contas, mas nah, mandei se virarem. Ah, e queria tentar um aumento também. Queria não, vou ter de conseguir um aumento.

Amorosamente: Ai nem sei hein? Não me vejo mais confiando em alguém a ponto de me entregar. Só se fosse alguém tão segura e transparente que fosse capaz de me deixar segura a respeito de onde eu tô pisando. Do contrário só prevejo neuroses, eu cagar com tudo e sair ou ser quicada. Alguém normal nem peço, que sei que não curto. No mais, aparecendo alguém eu vou tentar aproveitar a companhia, o carinho. E nada mais.

Família: Queria mesmo era sair de casa. Queria que cada um conseguisse uma renda e se tornassem independentes de mim, pra eu conseguir sair, crescer, cuidar de mim, e quando for visitá-los eles serem apenas minha família e não as pessoas com quem tenho de brigar diariamente por bobagens sem sentido. Na verdade, se meu pai saísse de casa eu já ficaria bem feliz. Já melhoraria muito a minha vida.

Amizades: Que meus amigos continuem me suportando, que eu continue suportando eles, que continuemos saindo e rindo, e criando piadas internas e novos memes, e rindo e rindo que é nisso que os amigos são melhores: em rir comigo. E em reclamar comigo também. Adoro reclamar.

Deu né? Espero que quando eu vá reler isso no final desse ano eu tenha realizado boa parte. Porque super descobri muita coisa que tô com muita vontade de por em prática.

A meta é alcançar e no caminho não ligar muito.

2 comentários:

  1. "Mas não me entreguei pra ninguém, não quis ninguém pra mim." - pra dizer que consegui me definir em uma frase. E, lendo sobre 'gente simples não me atrai', lembrei de uma frase:

    Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. (Caio F.)


    Espero que vc consiga o desejado em 2012 e, gostei de te ver socializando no final do ano (eu não faço noção, eu sei). Gosto muito de ler o que vc escreve. Vc é tão sincera que...sei lá. Não sei definir. Mas não é ruim não.

    ;)

    ResponderExcluir
  2. isso sim é um post balanço bem escrito sobre o ano que passou. adorei a leitura. ;)

    ResponderExcluir